Mercado de luxo: cenário e tendências do setor em 2023
E-commerce
31 de janeiro de 2023
Apesar da crise macroeconômica recente, um segmento que tem permanecido em crescimento é o mercado de luxo.
Mesmo com a alta da inflação a níveis globais, o setor faturou mais de €1,4 trilhão em 2022, sendo que 95% das marcas tiveram um crescimento positivo ao longo do ano. Isso é o que aponta um estudo da empresa de consultoria Bain.
Para os próximos anos, o cenário não parece ser diferente. Segundo o mesmo estudo, o mercado de luxo tende a continuar crescendo até 2030, mesmo que em um ritmo mais lento.
Para saber mais sobre esse nicho de mercado, o seu panorama no Brasil e as principais tendências atuais, é só continuar a leitura!
O que é o mercado de luxo?
O mercado de luxo é um setor caracterizado pela venda de produtos de alto valor agregado, voltados para um público seleto e com poder aquisitivo elevado.
Nesse mercado, uma das características mais marcantes é a exclusividade das mercadorias e serviços, que vão de roupas, joias e relógios até carros, turismo e gastronomia.
Os consumidores desse segmento buscam fazer parte de uma comunidade seleta. Para isso, as marcas de luxo costumam trabalhar com a limitação da produção dos artigos ou do acesso aos serviços, gerando escassez e exclusividade para as experiências oferecidas.
No mesmo sentido, personalização, fidelização dos clientes e atendimento diferenciado também são estratégias intrinsecamente ligadas a esse mercado.
De acordo com a consultoria Bain, atualmente, é estimado que existam cerca de 400 milhões de clientes no mercado de luxo global, sendo que, até 2030, esse número pode aumentar para 500 milhões.
Cenário do mercado de luxo no Brasil
Assim como no panorama global, o mercado de luxo brasileiro tem se mantido forte mesmo frente à crise econômica do país. A Associação Brasileira das Empresas de Luxo (Abrael) revela que, em 2022, as vendas do segmento cresceram 50% em relação ao ano anterior.
Esse cenário despontou principalmente após o início da pandemia de 2020, quando as classes mais altas, que costumavam adquirir produtos de alto padrão no exterior, passaram a aumentar o seu consumo dentro do próprio país.
Esse movimento também impulsionou os e-commerces de luxo. Segundo a Abrael, em 2021, o comércio eletrônico foi o principal canal de vendas desse mercado, representando cerca de 694% do crescimento do setor.
Panorama dos e-commerces de luxo
Inicialmente, as marcas de luxo demonstraram uma certa resistência para aderir ao e-commerce. O receio era prejudicar a experiência de compra do consumidor, marcada por um atendimento diferenciado e um ambiente sofisticado no mundo físico.
No entanto, se já havia um movimento de digitalização por parte do mercado, a pandemia de Covid-19 ajudou a acelerar esse processo. Com isso, as marcas de luxo começaram a galgar um maior espaço no e-commerce.
Enquanto as vendas online de produtos de luxo representavam 8% do mercado global em 2016, a expectativa é que elas representem 19% até 2025, segundo dados da consultoria McKinsey.
3 tendências no mercado de luxo
Levando em conta o crescimento do mercado de luxo globalmente, sobretudo nos canais digitais, separamos as principais tendências do segmento atualmente. Confira!
1. Experiência online personalizada
Não é somente o produto que promove o senso de exclusividade no mercado de luxo, mas toda a experiência oferecida pela marca. Dessa forma, o foco na experiência do cliente sempre foi uma das grandes prioridades do setor.
No e-commerce, essa se torna uma estratégia ainda mais importante. O público espera receber um atendimento de alta qualidade, com o mesmo nível de atenção e conforto que receberia em uma loja física.
Para sanar essa necessidade, as marcas de luxo oferecem pequenas comodidades, como frete grátis, embalagens de presente customizadas e trocas gratuitas para todos os pedidos.
O conversational commerce também é uma grande tendência. Na prática, ele baseia-se em interações em tempo real entre a marca e o cliente ao longo da jornada de compra, por meio de ferramentas como WhatsApp, chat online e Facebook Messenger.
Dessa forma, o consumidor pode conversar diretamente com um vendedor, tirando dúvidas sobre os produtos, pedindo fotos ou vídeos dos artigos e solicitando recomendações e dicas personalizadas, por exemplo.
2. Foco na geração Z
Segundo o relatório da Bain, os gastos das gerações Z e Alpha — compostas pelos nascidos a partir de 1995 e 2010, respectivamente — devem crescer três vezes mais rápido do que as demais gerações, representando um terço do mercado total até 2030.
Um dos principais motivos para esse crescimento é a atitude mais precoce dessas gerações em relação ao luxo. A pesquisa da Bain revela que os consumidores da geração Z começam a adquirir produtos de luxo cerca de três a cinco anos antes da geração anterior.
Sendo assim, outra tendência para o mercado de luxo é o foco nas gerações mais novas, marcadas por um consumo mais responsável, uma preferência por marcas alinhadas com os seus valores pessoais e uma forte consciência socioambiental.
Saiba mais: Quem é a geração Z e quais as suas características de consumo?
3. Omnichannel
Com a retomada do varejo físico, as estratégias omnichannel também têm se mostrado de grande relevância para oferecer uma experiência ainda mais cômoda no mercado de luxo.
Uma pesquisa do The Boston Consulting Group aponta que mais de 80% dos consumidores desejam ter experiências omnichannel no mercado de luxo.
Isso se deve principalmente ao fato de que, por meio da integração dos canais físicos e digitais da marca, é possível aliar a praticidade da compra online ao atendimento consultivo presencial.
Algumas estratégias de entrega omnichannel que têm sido adotadas, por exemplo, são a retirada do produto na loja física mais próxima e o showrooming — no qual o cliente experimenta os produtos no espaço físico e, então, faz a compra online.
Pop-up stores
Dentro da estratégia omnichannel, muitas marcas de luxo têm passado a utilizar os pontos de venda físicos como espaços voltados mais à experiência do cliente do que às vendas em si.
Uma estratégia comum, nesse sentido, é a abertura de pop-up stores, ou seja, lojas temporárias que visam oferecer uma experiência diferenciada ao consumidor.
Esses espaços geralmente apresentam um design criativo e diferente das lojas tradicionais, podendo ser dedicados ao lançamento de uma coleção exclusiva, a uma colaboração entre marcas diferentes ou à customização de artigos, por exemplo.
Como você pode perceber, mesmo com novas tecnologias e estratégias, o foco do mercado de luxo permanece o mesmo: oferecer exclusividade e alto valor agregado para os consumidores de alto poder aquisitivo.
Logo, a experiência do cliente continua sendo o pilar principal para as estratégias do segmento.
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